...where the KiwiSDR (PY2-81502 SWL) is installed (behind the trees) - São Bernardo SP GG66rg, SE BRAZIL

29/09/2010

QSL recebido: 27.09.10

PY1ID, Ronaldo, Araruama RJ, 3.5 MHz SSB

Outros QSLs recebidos por PY2-81502 (SWL), encontram-se neste blog em: "SWL/RADIOAMADORISMO - QSLs recebidos, PY2-81502". Se preferir, o acesso pode ser direto no blog de QSLs de PY2-81502: http://radioways.blog.uol.com.br/

26/09/2010

Perfil: Claudio Rotolo de Moraes - Florianópolis SC

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, com suas próprias palavras. A gratidão a estes que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
Este material foi enviado com exclusividade para a RadioWays. Qualquer reprodução parcial ou total do mesmo deverá seguir orientação prévia do titular deste site e/ou do autor da referida matéria.


CLÁUDIO RÓTOLO DE MORAES
Florianópolis SC
Rádioescuta e radioamador



“As primeiras experiências no rádio foram em Florianópolis, na década de 50. Em ondas curtas, durante o dia, ouvia a Radio Continental do Rio de Janeiro, À noite, a Rádio Record de São Paulo em 1000 kHz e a Rádio Clube Paranaense de Curitiba, na antiga freqüência de 1440 kHz. Em 1960, a Rádio Relógio Federal do Rio de Janeiro (ondas tropicais), em Curitiba, pela manhã e à noite. Ainda em Curitiba, a Radio Poti de Natal pela amnhã em 60 metros e também a Rádio Clube do Pará de Belém, e a Rádio Capixaba de Vitória em 60 metros (1960).
Em 1963, no inverno, pela manhã em Curitiba, a Rádio Pioneira de Teresina-PI em ondas tropicais. Também a Rádio Cultura de Araraquara em ondas tropicais. E assim viriam a partir de 1963 outras emissoras de ondas tropicais, Rádio Timbira do Maranhão, de São Luis e várias outras, a Rádio Sociedade da Bahia de Salvador em ondas curtas todo o período diurno. Também na onda curta a Rádio Jornal do Comércio de Recife (19 metros) durante o período diurno.
A partir de 1966, interessei-me pelas rádios de ondas médias e tropicais da América Latina: Rádio Internacional, de Rivera Uruguay, Radio Rivadavia de Buenos Aires. Notava à meia-noite, emissoras dos Estados Unidos, de ondas médias. Só consegui identificá-las após 1967, através do WRTH. As emissoras dos Estados Unidos eram geralmente de 50 kW de potência noturna e algumas de 5 kW. As do Canadá, só com 50 kW de potência.
Lembro a partir de 1966 das ondas médias da América Latina e mesmo dos Estados Unidos após à meia-noite. Eram raras na época, as emissoras brasileiras que prevaleciam eram brasileiras, da Argentina e Uruguai.Nos anos de 1967 a 1970, surgiram as emissoras de ondas médias da Europa e África (raramente) em Curitiba pela madrugada. Na década de 70, já em Florianópolis, Marrocos (1053 kHz), Tunísia (1566 kHz), Arábia Saudita (1512 kHz) e Noruega (1314 kHz).
Ainda, algumas poucas emissoras de ondas tropicais de Papua e Nova Guiné, nas décadas de 70 a 90. DX TV a partir de 1966 em Curitiba e na década de 70 em Florianópolis. Imagem satisfatória da TV Jornal do Comércio de Recife (canal 2). Canal 2 de Manágua (Nicarágua) em outubro de 1978, sem imagem, só portaora de som. Em 1984 a CBC TV, canal 3, de Barbados. Em 1999, o canal6 de Trinidad & Tobago. Ainda em Curitiba (1967) por volta de 2130 UTC, o Canal 3 de Rosario Argentina, com boa imagem, e em Florianópolis uma excelente imagem da TV Anhanguera de Goiânia (canal 2) na tarde de 31.12.1979. Emissoras de TV do Rio de Janeiro e São aulo com boa imagem eram comum nas décadas de 70 a 90, quando havia boa propagação durante o dia, e com predomínio do vento nordeste.
Finalmente as FMs em Florianópolis, a partir de 1978. Captações de Santa Catarina (Rio Grande do Sul (Porto Alegre(, Paraná (Curitiba), São Paulo (Capital, Santos e poucas do interior), Rio de Janeiro (Capital), Minas Gerais (só 4 escutas até 2010). Também do nordeste e norte (trecho entre a Bahia e Pará), e uma zona de silencio nos estados não citados (ES, GO, MS, MT, TO, DF) e AM e outros do norte do Brasil.
Por fim, as FMs da Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Colombia, Venezuela. Nenhuma recepção do Chile, Bolivia e Equador. Ainda, as FMs de Aruba e de quase todas as ilhas do Caribe. As mais distantes foram da Republica Dominicana (capital e Santiago). No litoral catarinense predominam as FMs de Barbados, e no interior as de Trinidad & Tobago. FMs até Rio de Janeiro a qualquer hora do dia ou da noite, FMs da Argentina Uruguai e Paraguai durante o dia. Do nordeste do Brasil, raríssimas durante o dia, geralmente após 2300 UTC. Região caribenha só à noite, após às 2300 UTC.
Também sou radioamador (80 e 40 metros), e atualmente estou efetuando escutas em Internet, não peço QSL, mas a confirmação de reportes é melhor do que das emissoras de ondas medias e FMs.
Meu receptor atual é um Sony chinês, 3 faixas (ondas médias, curtas e FM), a antena a telescópica e leitura analógica de freqüência.
Um caso interessante: Em janeiro de 1998 enviei um informe de recepção para a Rádio Clube de Canela RS, 88,5 MHz. Foi respondida em 2007.
Por fim, algumas recepções interessantes na banda de 80 metros:
3535 kHz – em chinês; 3640 kHz – em inglês
Na década de 80, no início da noite, uma emissora de Fujian, China.
3905 – R, New Ireland, Kaviene, Papua Nova Guiné, por volta de 9 a 10 UTC, no inverno, na década de 90.
3810 – Sinais horários, Guayaquil, Equador.
3925 – Japão 0900 / 1000 UTC.
3935 – Levin, NZ, 0800 / 1000 UTC, década de 90.
3945 – Vanuatu, Port Villa, regular nas décadas de 70 a 90, de 0700 à 1000 UTC."

Confirmação de escuta de aeronave

Confirmações de escutas de aeronaves continuam a existir, vejam o informe de recepção confirmado pela Air Canada.

Fonte: A-DX - Facebook Images - (Clicar sobre a imagem para ampliação)

QSL recebido: 23.09.10

CT2JTF, Fernando, Seixo de Gatões, PORTUGAL, 14 MHz SSB

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QSL recebido: 22.09.10

PY7PC, João Carlos, Jaboatão PE, 7 MHz SSB

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QSL recebido: 21.09.10

PY2TIM, Renato, Porto Ferreira SP, 7 MHz CW

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QSL recebido: 21.09.10

PY2JMH, José Miguel, São Paulo SP, 7 MHz SSB

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18/09/2010

PERFIL: Luiz Tresso - Jundiaí SP

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, em suas próprias palavras. A gratidão a estes, que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
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LUIZ TRESSO
Radioescuta (SWL), Radioamador (PY2-OC)

Iniciei minhas atividades no radio ainda criança. Com seis anos de idade (1976) eu já utilizava o radio (Motoradio) multifaixa de minha avó para escutar ondas curtas.

Obviamente, eu não tinha a menor noção do que estava fazendo, mas adorava identificar as emissoras (brasileiras) e ouvir as de outros idiomas, mesmo sem nada entender.

As que nunca esqueço são as Rádios Aparecida e Marumby que sempre estavam presentes. Certa vez, ouvi uma emissora, transmitindo em espanhol, desde a Guatemala. Fiquei impressionado, quando, olhando para um mapa, descobri onde estava este país.

Quando eu tinha dez anos (1980), estava fazendo aulas de educação física na escola quando apareceu um rapaz com um HT para a faixa de 11 metros (radio do cidadão, popularmente PX). Ele estava em contato com uma estação distante quatro km. Aquilo despertou em mim um imenso interesse pelo radio.

Em 1985, já trabalhando, fui ao Dentel, acompanhado de minha mãe, onde registrei minha licença de radio do cidadão. O indicativo fornecido era PX2-H3358 que ainda mantenho. Meu primeiro transceptor foi um Motoradio de 23 canais, conhecido como "Mata-rato".

Realizei bons contatos na faixa de 11 metros. Um dos mais interessantes, foi com uma estação de Portugal, quando eu e alguns amigos montamos uma estação portátil em Campo Limpo Paulista. Ninguém acreditou que a estação era realmente de Portugal, até que um dia chegou o cartão QSL e todos ficaram pasmos hi.

Em 1993, eu estava em visita a um cliente onde conheci dois radioamadores. Neste dia eles levaram um HT da Kenwood, me mostraram como funcionava e como era o radioamadorismo. Mais uma vez recebi uma carga imensa de interesse. Tornei-me radioamador em 1995 com o indicativo PU2OCZ.

Mais tarde, em 1998, mudei-me para Jundiaí onde pude retomar e realizar novas experiências de radio com maior freqüência. Em 2001, em uma reunião da delegacia regional da Labre, conheci meus grandes amigos Flávio Archangelo PY2ZX e Milton Takeo PY2MTM.

Em 2002, após várias reuniões e tentativa de recrutar operadores, montamos uma equipe com três pessoas: Milton, Flávio e eu. Nascia o grupo Radioamadores do Japy. A partir daí, foram várias operações e experiências em conjunto. Pouco tempo depois, decidimos alterar o nome para JaPY DX Group que descreve melhor o objetivo do grupo.

Através do Flávio, conheci o DX Clube do Brasil, que eu já ouvia sobre, há muito tempo. Em 2004, participei de um DX camp, onde fiz várias amizades, conheci as listas de discussão e acabei incentivado a retomar as radioescutas que estavam paradas por algum tempo.

Hoje, tenho concentrado minhas escutas na faixa de FM broadcasting, ondas longas (LF e VLF), estações utilitárias e em modos digitais por todo o espectro de HF. Apesar de atualmente se concentrar nestas modalidades e faixas, gosto e realizo experiências em todas as outras.

Desde o início da amizade com o Flávio, Milton e criação do JaPY DX Group, são raros os dias que as experiências de radio estejam distantes. Se não for praticando, estou sempre pesquisando, preparando alguma operação ou experiência, etc.

Com isto,conquistei bons resultados como o primeiro contato em 144MHz entre estado de SP (Ilha Comprida) e Caribe, escuta de emissoras argentinas e do Caribe em FM BC desde Jundiaí, contato em 432MHz com estação da Alemanha via EME, etc. Todos os resultados são como troféus conquistados depois do esforço. Isto me dá um enorme prazer e me incentiva cada vez mais a realizar novas experiências.

Hoje, o indicativo de minha estação é PY2OC, conquistado depois de prestar exames para promoção à classe B em 2004. Em 2008, fui promovido à classe A, após prestar novos exames.

Atualmente é comum escutar de algumas pessoas que com o celular e com o "advento da Internet", o radio está acabando. Ouvir isto provoca em mim vontade de rir, pois nada substitui o radio. Além disso, estes não conhecem as inúmeras possibilidades oferecidas pelo radio ou pela radio freqüência.

Independente do que está adiante, eu serei sempre um adepto da radio freqüência hi.

73 de PY2OC, Luiz

QSL recebido - 16.09.10

Mais um QSL recebido: PY7XC, Jim, Sairé PE.
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PY7XC, Jim, Sairé PE, BRAZIL, 7 MHz CW

PERFIL: Francisco Galetto Jr. (Fran)

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, em suas próprias palavras. A gratidão a estes, que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
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FRANCISCO GALETTO JR. (FRAN)
Itapecerica da Serra SP
Radioescuta (SWL), Radioamador PY2FGJ


Desde o começo da minha vida o rádio se faz presente, meu pai era radioamador PY2DLX , e com todos os equipamentos de rádio que ele possuia comecei a me entusiasmar desde cedo com o rádio. O meu primeiro rádio foi um National NC 400 presenteado pelo meu pai em 1967 como presente de aniversário de 8 anos de idade, um ótimo rádio valvulado que cobria a faixa de ondas médias e curtas, ele tinha um capacitor vaiável embutido que mesmo com um pequeno pedaço de fio tinha um ótimo ganho de recepção, eu passava horas sintonizando ondas curtas.

Em 1969 tive meu primeiro receptor de FM (88 a 108 Mhz) era de marca Inelca, eu não lembro o modelo, na época eu morava no bairro do Brooklin na capital São Paulo, nessa época São Paulo só tinha 2 emissoras de rádio em FM, a Rádio Cultura em 88.1 Mhz e a Rádio Difusora 96.9 Mhz, ambas na verdade eram links para interligar o estúdio para suas respectivas emissoras de ondas médias, eram de baixa potência.

Em 1985 quando mudei para Itapecerica da Serra comecei a dedicar ao DX na faixa de FM adiquiri um Receiver Gradiente S125 que possuo até hoje, apesar de analógico tem uma ótima recepção, tenho uma antena direcional Yagi de 10 elementos de construção caseira sintonizado para 98 Mhz o centro da faixa, nessa época São Paulo tinha poucas emissoras de rádio, eu diáriamente escutava emissoras de FM do Rio de Janeiro, na posição que eu me encontro tenho uma ótima abertura para leste e a freqüência das emissoras do Rio eram exatamente no intervalo das emissoras de São Paulo, também as emissoras de São Paulo e do Rio de Janeiro seguiam um padrão de separação de frequencia de 0,8 Mhz por ex: São Paulo 92.1 92.9 93.7 94.5 .. e assim por diante, as do Rio: 92.5 93.3 94.1 94.9 ... e assim por diante, também em outubro de1990 consegui uma abertura esporádica com Santiago Chile em 92.5 Mhz e em novembro de 1992 uma ótima abertura esporádica para o Nordeste do Brasil recebi várias emissoras. Hoje em dia é quase impossível fazer DX FM por aqui devido o dial lotado de emissoras legalizadas e também de muitas piratas, a propagação precisa estar muito aberta.




Também aprecio muito fazer DX TV em VHF e UHF


Em 1974 tornei-me sócio da Labre e radioamador classe C como PY2 WAQ, na época além faixa dos 80 metros eu também gostava de operar da faixa dos 2 metros FM VHF, foi uma época muito boa, não tinha clandestinos bagunçando, enfim foi uma época em que se fazia um verdadeiro radioamadorismo em 2 metros FM, hoje sou radioamador Classe A meu indicativo é PY2FGJ e sócio remido da Labre, o meu segmento favorito é 10 metros FM 29.600 Mhz, é um segmento bem diferente de propagação já que está perto do VHF e está dentro do HF quando abre a propagação proporciona ótimos comunicados, quando 10 metros está fechado costumo operar em 15 metros USB.



Os equipamentos que possuo são: Yaesu FT-757GX, Yaesu FT-101ZD, Kenwood TMG 707. Antenas: Yagi 3 elementos monobanda para 10 metros, Yagi 3 ele mon para 15 metros, Yagi 3 ele mon para 20 metros, Dipolos meia onda para 40 metros, 80 metros e 160 metros,. 2x11 ele VHF 2 metros.

Fran
16.09.2010

QSL recebido - 15.09.10

Mais um QSL recebido: PY2DMX, Edimar, Santa Isabel SP.
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PY2DMX, Edimar, Santa Isabel SP, BRAZIL, 7 MHz CW

PERFIL: Pedro de Castro - Lorena SP

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PEDRO DE CASTRO
Radioescuta (SWL)

Posso informar com precisão o dia em que fui contaminado pelo vírus 'radiococus': tudo começou em 18 de agosto de 1964, quando minha irmã completou 15 anos e ganhou de presente um radinho Mitsubishi com capa de couro. Eu tinha 9 anos e fiquei hipnotizado quando aquele objeto mágico começou a falar em idiomas que desconhecia.

Como o acesso a aquele rádio era restrito, passei a dedicar mais atenção a uma radio-vitrola Pioneer de meu pai, que ficava num canto da sala. Seu receptor, até aquele momento, não havia despertado minha curiosidade, talvez por estar escondido dentro de um móvel grande e pesado. Mas logo descobri que também podia viajar por suas ondas curtas, e ele se tornou minha primeira janela para o mundo.

Em 1968, pouco antes de completar 15 anos, foi minha vez de ganhar um rádio. Como já conhecia alguns dos atributos que um bom receptor deveria ter, escolhi um da marca GE, que tinha faixas ampliadas. Com ele pude incursionar por áreas ainda desconhecidas e aprender mais. Lembro-me perfeitamente que em dezembro daquele ano acompanhei a missão Apollo 8 pelo serviço brasileiro da Voz da América, e que anotava cuidadosamente os horários e freqüências das próximas transmissões relativas a aquele vôo histórico.

Em 1971 descobri o programa “Editor DX” da Rádio Suécia. Fiquei sabendo que havia outras pessoas fazendo o mesmo que eu, e que era possível enviar informes de recepção para as emissoras e receber cartões QSL. Minha dificuldade, entretanto, consistia em não saber os endereços da maioria das emissoras e em não ter segurança quanto às suas freqüências. Este problema foi finalmente resolvido em 1972, quando consegui comprar o primeiro WRTH.

Através da Rádio Suécia conheci o Professor Robert Veltmeijer. Depois de ver seu nome em um boletim DX, descobri seu telefone e fiz o primeiro contato. Para minha surpresa, ele me atendeu com enorme simpatia e me convidou para conhecê-lo em São Paulo. Estive por 4 ou 5 vezes em seu apartamento no Largo do Arouche e adquiri por ele uma grande admiração e respeito. Lembro-me daqueles dias com nostalgia.

Fiquei inativo na década de 80 e no início dos anos 90, por conta de trabalho, construção de casa e casamento, mas retornei em 1992. Ao associar-me ao DX Clube Paulista (posteriormente DX Clube do Brasil) senti-me como se estivesse fazendo aquela pós-graduação tão sonhada. Sempre fiz todo o possível para participar dos encontros promovidos pelo clube. Faltar seria como perder aulas que não poderiam ser repostas.

Se o cachorro (tenho dois) é o melhor amigo do homem, meus rádios (tenho muitos) também foram e continuam sendo amigos infalíveis. O rádio representa para mim uma fonte inesgotável de conhecimento, de entretenimento e de boas amizades. Serviu-me, literalmente, para abrir as muitas estradas que percorri, de Porto Alegre a Nova Iorque.

Nos anos 60/70 tudo era demorado, escasso, caro e de difícil acesso, inclusive o conhecimento. Mesmo assim nós o perseguíamos. Com o advento da Internet, os avanços da tecnologia e a queda geral dos preços, tudo o que antigamente demandava tempo e esforço se transformou em commodity. Por outro lado, tornou-se escassa a curiosidade dos jovens, bem como seu interesse por adquirir conhecimento. Inverteram-se os sinais. Quando vou a uma lan house e vejo a garotada usando uma ferramenta poderosíssima para desperdiçar seu precioso tempo em atividades que não agregam nenhum valor, penso comigo: a propagação fechou; o jamming e a QRM se sobrepuseram a tudo. Deus deu asas para quem não quer voar.

Pedro de Castro - Lorena SP
15.09.2010

QSL recebido - 15.09.10

Mais um QSL recebido: PY2CIF, Araras SP.
Outros QSLs recebidos por PY2-81502 (SWL), encontram-se neste blog em: "SWL/RADIOAMADORISMO - QSLs recebidos, PY2-81502". Se preferir, o acesso pode ser direto no blog de QSLs de PY2-81502: http://radioways.blog.uol.com.br/

PY2CIF, Orlando, Araras SP, BRAZIL, 7 MHz CW

PERFIL: Marcelo Pera - Valinhos SP

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, em suas próprias palavras. A gratidão a estes, que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
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MARCELO PERA
Radioamador (PY2-AE), Radioescuta (SWL)


Bem... tudo começou lá pelos idos de 1977... Quando eu tinha 13 anos....me lembro muito bem que eu e uns amigos de colégio costumávamos brincar em um praça perto de casa ate que uma tarde após a aula, um amigo apareceu com um par de walkie-talkie de comunicação... e logo começamos a usá-lo e a brincar ate que de repente ele começou a falar sozinho... Mais tarde fui descobrir que ele trabalhava justamente no canal 13 da faixa do cidadão, que já naquela época era já uma febre no Brasil.

Após ficar escutando os papos naquela freqüência fui descobrindo um montão de coisas sobre radio, antenas, cabos, emissoras e também broadcasting....e ai o mundo do radio acabou se abrindo para mim...e fui contagiado pelo vírus da radiofreqüência e assim...ate hoje... virou uma paixão...mas ate do que um hobby.

Com aquele radinho de 0,5 watt de potencia, que utilizava uma bateria de 9 V, conheci um montão de gente, que me motivaram no hobby além de me emprestarem exemplares da revistas Eletrônica Popular e ai não teve mais jeito.. aos poucos fui descobrindo o universo da radiocomunicação ... e cada vez aprendendo mais ... Ate que tive acesso a um radio transistorizado de Ondas curtas do meu avô...em que eu passava horas a fio escutando as rádios broadcasting mais fortes, principalmente a Radio Moscou, a BBC, Radio Praga, e tantas outras que chegavam muito fortes... mesmo só utilizando um pedaço de fio como antena. Me lembro também que muitas vezes sintonizava idiomas estranhos para mim ate então ... e comecei a fazer minhas escutas ... compondo simples logs de recepção da minha maneira...mesmo sem saber de que lugar do mundo eram.

Meu pai vendo o interesse, apareceu em casa com um radio DELTA 120, e disse ... já que você gosta tanto de radio... vamos tirar um indicativo de radioamador e para isso necessitamos fazer uma prova no Dentel (hoje Anatel) ... Naquele mesmo momento fui atrás de apostila e surgiu meu primeiro problema, já eu nem RG e muito menos CIC (hoje CPF) tinha para poder a fazer a prova... e então após telefonemas para a LABRE SP, recebi uma permissão especial para fazer a prova de ingresso no Radioamadorismo com a certidão de nascimento. Em algumas semanas eu tinha recebido o indicativo de PY2UWJ, classe C na época, podendo falar em fonia somente na banda de 80 metros.

Instalamos uma dipolo no quintal que até atravessou o limite do terreno e comecei a escutar a banda de 80 metros à noite e fui aprendendo com as longas conversas que ali escutava. O tempo foi passando e logo chegou o dia do 1º QSO em 80 metros. Eu so tinha AM ....era uma tarde de sábado... sol a pino...a banda sempre ruidosa durante o dia...e fiz um CQ geral longo... muito longo... e nada... chamava e nada... ate que entendi que durante o dia era difícil falar nessa banda... mas insisti e acabei sendo contestado por um radioamador de São Bernardo – PY2UNF, Murillo... sobre quem infelizmente nunca mais ouvi falar... Ele foi na verdade meu padrinho de radio... e sempre que eu chamava nos 80 metros... la vinha ele e outras pessoas para me contestar e sempre dando dicas... Como este radio também escutava os 40 metros e também SSB ... e ai iniciei minhas escutas das rádios comercias, ditas broadcasting e me lembro bem que enquanto eu preenchia os QSL’s dos comunicados que eu fazia em 80 metros para enviar para a LABRE... eu ficava escutando as rádios internacionais que não eram poucas na época.

Ao mesmo tempo em que tirei indicativo de radioamador eu fiquei sócio da LABRE-SP, pois naquela época era compulsório... e me lembro que durante a realização de uma Festa do FIGO, evento muito tradicional na minha cidade, foi montada uma estação de PX e outra de PY, onde os operadores faziam demonstração de radio para a população e distribuição de QSL’s... e daquele jeito eu não saia mais de lá e ficava ajudando e fazendo contatos para distribuir QSL’s comemorativos para a RBR (rede brasileira de radioamadores), que eh como nos chamávamos na época... CQ RBR... etc... até que de repente... vários radioamadores do Brasil e da América do Sul contestavam, mesmo em AM nos 80 metros e comecei a entender que eu também podia fazer QSO’s com outros paises... e ai foi uma festa... numa noite fiz contatos com a Argentina, Uruguai, Peru e Chile... e foi uma diversão...não parei mais de fazer DX !!!!

Naquele momento eu nem imaginava que o interesse pelos idiomas iria me ajudar tanto na carreira profissional alguns anos mais tardes...me fazendo viajar pelo mundo todo. Muito devo tambem a radioamadores locais... são tantos... mas um foi especial e inclusive se tornou padrinho do meu casamento - PY2SW - Bruno Giopatto.

Um dia, também durante a realização da Festa do Figo de 1979, eu conheci um radioamador , PU2XOK – Paulo, que me mostrou o que era telegrafia e disse... se você não aprender CW nunca vai ser um radioamador completo sempre vai faltar algo... (Hoje já não é mais assim, felizmente) e ele me fez uma oferta... Eu te ensinarei CW e você vai aprender !!! Topei na hora e comecei a fazer umas aulinhas junto com um outro PX de Valinhos usando um batedor pica-pau e oscilador e depois num projeto de manipulador iâmbico... já que naquela época a Revista Eletrônica Popular ja tinha publicado um projetinho bem fácil e meu amigo montou com excelente resultado, sendo, acredito eu, o primeiro iâmbico da região...já que ninguém conhecia. Aprender CW foi fácil... eu naquela época com 15 anos... cabeça jovem e sem grandes preocupações devorava as letrinhas e o som e sempre confiava nos conselhos do Paulo – ¨CW é musica¨... Apenas pense no som...e memorize a musica e quando menos esperava já estava batendo e ouvindo o abecedário. Numa oportunidade fui visitar um amigo PX que morava perto de casa e logo ele me mostrou uns piados que o radio Somerkamp tinha la nos canais mais altos... mas eu logo falei... mas isso eh CW... e assim descobri a banda dos 10 metros que naquela época tinha a propagação escancarada.

Logo conectamos o fio da antena atrás do radio e viramos a chave para USB, peguei meu batedor com oscilador e fui logo fazendo um pequeno chamado geral....mesmo sem ter ainda pratica de CW pois ainda não tinha terminado o curso ... e quem me contesta ? ... UA3GT Vlad de Donetsk, antiga União Soviética... Me lembro bem da reação de qualquer iniciante... suor... frio... não entendia nada... de tão nervoso, apenas peguei as letras do indicativo dele e o nome, a muito custo.. e entendi que tinha que aprender rápido este tal de CW pois a coisa era boa mesmo e falava longe, mesmo usando aqueles 5 wattinhos do PX numa antena plano de terra com um quarto de onda...

Naquela época nem estacionária da antena nos sabíamos o que era... e já cheguei ate a presenciar amigos ligando cabos de TV como antenas achando que tava certo. Eu sabia que não podia e mal sabíamos que a ROE estava la em cima... e potencia que eh bom.... nada.. Mas mesmo assim... era só clamar e falávamos fácil. Assim comecei meu aprendizado no DX. Aos poucos fui trabalhando paises novos e exoticos com esse radinho ate que meu amigo me emprestou o radio para levar para casa um final de semana. Arrumei uma antena Ringo de 11 metros, coloquei na ponta de uma barra de 6 metros e encostei na parede. Aí foi só alegria...

Já no colégio técnico eu passada as tardes e noites fazendo DX e comecei a colecionar QSL’s e paises novos e fui crescendo...50 paises... 80... 100 paises.... até que um dia eu, juntamente com esse amigo fizemos uma antena doida que saiu na revista Eletrônica popular. Uma quadra cúbica de 2 elementos para 10/11 metros montada com tubos de PVC... Montei-a usando tubos de uma sucata e ai ficou um canhão. Era só apontar para a Europa e a coisa ia...e a noite vinha Japão, Indonésia, Austrália. e meu score foi aumentando... 150... 200 paises e minha caixa de correio vivia cheia ... porém a mesma nao durou muito... foram uns meses e o sol forte acabou por entorta-la. Quando ia na Labre em SP era só alegria... pois naquela época ainda se pagava muito bem os QSL’s.... Nossa que saudades eu tinha da propagação do inicio dos anos 80.... Sempre com 5 watts em 10 metros eu fazia a festa...Hoje a coisa ta bem diferente... é raro abrir a propagação nessa banda.

Meu pai, PY2UWM - Valdemar, vendo que a coisa no radio ia bem... e que o radio me segurava em casa sem aprontar, um dia apareceu com um KENWOOD TS130S... novinho... comprado de um amigo de Jundiaí... ai era covardia... 100 watts e a coisa ficou boa de vez...e fui melhorando minhas antenas com uma yagi e meu quintal tinha fios esticados para todos os lados... e minha mãe não agüentava mais aquele “pipipi” do CW que ecoava e irritava de madrugada afora....ate que arranjei um fone de ouvido também....e tudo sossegou !!!!

O tempo foi passando... eu terminei o colégio técnico e comecei a Faculdade de Engenharia Mecânica e logo comecei a trabalhar numa montadora de caminhões. Mesmo assim continuei desenvolvendo algumas antenas, rádios QRP’s, fontes, batedores e montagens experimentais, etc, somente como hobbista... Ainda me lembro que todos os anos tínhamos demonstração de radioamadorismo na tradicional Festa do Figo da minha cidade e muita gente de fora aparecia e assim ao longo dos anos fomos motivando muitos amigos a começar no radio. Porém devido a dificuldade de equipamentos e exames o balanço é pobre pois poucos permanecem ate hoje ativos...

Continuei investindo no radioamadorismo e fui aprendendo cada vez mais e progressivamente meu score de paises trabalhados e confirmados aumentava... já beirando os 300... e me faltavam as figurinhas que nunca apareciam...naquele tempo não tínhamos internet... e era tudo no osso... caçava, escutava... identificava.. chamava... e trabalhava... Fui mudando de classe e logo cheguei na Classe A, onde adquiri o indicativo PY2AE, o qual tenho até hoje. Me tornei tambem assiduo em contestes e virara finais de semana faszendo contato na busca de multiplicadores e pontos... muitos cheguei a ganhar.... mas hoje mudou muito. !

Logo chegava novo ciclo solar da década de 90. A propagação estava numa fasse muito boa e me lembro que numa noite apareceu uma estação da Ilha de Heard - VKO, pertencente a Austrália no Oceano pacifico sul... meio caminho para a Antártida e fiz uma chamada em 40 metros com uma antena dipolo de meia onda e fui imediatamente contestado... bem... esse lugar eh tao raro e dificil.... que nem acreditei quando recebi a reportagem de sinal 58... Um tempo depois chegou o QSL e até hoje nunca mais houve outra expedição para esta remota ilha. Foram inúmeros os DX’s que ficaram na memória além de muitos causos de rádio e sempre que eu podia ficava atento aos boletins internacionais de DX na busca das figurinhas raras.

Ainda na década de 90 tive uma mudança profissional muito importante na minha vida pois dentro da mesma empresa tive oportunidade de ir para o Depto de Assistência Técnica e assim comecei a viajar pelo mundo principalmente pelos paises em desenvolvimento da África, Ásia e Oriente Médio.

Muitas vezes la ia eu bater na porta de radioamadores com quem já tinha falado anteriormente e assim fazia mais amizades, sempre sendo recebido com muito carinho. Não me esqueço do Osita 5N4NMT de Enugu, lá no sertão da Nigéria.... um calor imenso no meio da savana... e eis que eu consegui encontrar a casa dele devido as antenas, pois todos na região o conheciam. Acabei fazendo uma grande amizade e sempre que passava por lá era recebido com alegria, parando para dar um abraço no amigo e mesmo levar umas revistas de rádio ... historia como essa são muitas.

Ao mesmo tempo fui colecionando escutas de rádios broadcasting, sendo que o meu segmento favorito de escuta e minha paixão sempre foram as ondas Tropicais, ou seja, escutas de 2 a 6 MHz. Essa região do espectro eh ruidosa e de propagacao imprevisível... mas muito milagrosa sazonal e ate hoje é a banda que mais dedico meu tempo em OC. Nunca um dia eh igual ao outro, ou seja hoje você escuta uma estação forte numa determinada frequencia, mas amanhã você pode voltar no mesmo horário e na mesma estação e o sinal pode estar bem diferente ou simplesmente não aparecer sinal... ou seja... não tem muita explicação... depende realmente da propagação para fazer os pequenos sinais chegarem.

Uns anos atrás cheguei até a montar uma antena long wire para 160 metros... só para tentar escutar umas rádios Australianas e da Papua Nova Guine em OT cujos relatos de escuta na madrugada eram bons, mas até hoje nunca consegui... Fico admirado quando vejo logs de amigos com escutas de Ondas Tropicais contendo estações da Oceania e Ásia, pois sei quanta pesquisa e dedicação isso exige.... mas um dia vai chegar minha hora...

Hoje, 32 anos já se passaram desde meu inicio no mundo do radio e muita coisa aconteceu....nesse tempo fiquei remido da Labre/SP, participei de muitos eventos, conquistei muitas amizades e em matéria de DX só me faltam 2 paises para fechar o Top Honor Roll do DXCC Mundial totalizando o máximo de paises ativos num total de 338. Ainda me faltam Navassa e Crozet, duas ilhas desabitadas e remotas que dependem de expedições...mas não tenho pressa... um dia elas ainda aparecerão.

Bem... eh isso que eu queria contar nestas poucas linhas e espero que minhas memórias entusiasmem alguém a entrar no fascinante universo da radiocomunicação... que agora já está indo para o campo digital e da recepção DRM.. mas isso eh uma outra história. Abraços a todos....

Marcelo Pera PY2AE - Valinhos SP
15.09.2010

14/09/2010

PERFIL: Fabrício Silva - Tubarão SC

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, em suas próprias palavras. A gratidão a estes, que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
Este material foi enviado com exclusividade para a RadioWays. Qualquer reprodução parcial ou total do mesmo deverá seguir orientação prévia do titular deste site e/ou do autor da referida matéria.

FABRICIO SILVA
Radioescuta (SWL)


Tubarão é uma cidade muito aprazível, no Sul de Santa Catarina, localizada entre a serra e o litoral. Já foi uma das maiores forças ferroviárias do sul do Brasil e também um grande centro formador de padres, com forte tendência católica. Foi nessa cidade, nos idos de 1978 que nasci, em meio a uma família de ferroviários.
Meu pai, assim como a grande maioria dos ferroviários da cidade, era torcedor do já extinto Ferroviário Futebol Clube. Lembro-me das tardes ensolaradas de domingo do fim da década de 80, em que íamos ao estádio assistir aos jogos de nosso clube do coração – sempre acompanhados de um amigo fiel, que nos fazia entender melhor o que estava acontecendo lá no gramado: um rádio portátil. Estava nascendo aí minha paixão por este meio de comunicação.
Por volta dos 8 ou 9 anos de idade, comecei a tomar emprestado o rádio de meu pai para ouvi-lo à noite, em meu quarto. Enquanto o restante da família assistia TV, eu me deliciava ouvindo programação de emissoras de Ondas Médias da região. Foi numa dessas ocasiões que ocorreu um pequeno acidente (ainda bem!): adormeci com o rádio ligado e, ao acordar, no meio da noite, percebi que se falava de fatos em outro estado brasileiro – era o meu primeiro DX!
Pouco tempo depois, eu já estava escutando regularmente a Rádio Gaúcha, em Ondas Médias, com atenção principal em seus programas esportivos que se estendiam até bem depois da meia-noite. Lembro-me que ficava maravilhado em poder ouvir uma emissora de tão longe em meu radinho “de pilha”. Mas eu nem imaginava o que ainda me esperava.
Por volta de 1991, ouvindo um outro rádio portátil que pertencia a meu irmão (o qual adorava as programações das “recentes” FMs), um novo acidente arremessou-me para a experiência radiofônica mais fascinante que tive na vida: esbarrei no seletor de ondas, e passei a ouvir umas vozes meio distorcidas e um certo chiado ... o que seria isso? Percebi que ao encostar a mão na antena telescópica, aquelas vozes ficavam bem mais inteligíveis. “Você está ouvindo o programa brasileiro da BBC de Londres” – debutei no mundo das Ondas Curtas sob a voz de Ivan Lessa e seu clássico programa de ensino de inglês “Uma frase por minuto”.
Não tardou para que outras das maiores emissoras pipocassem no meu dial, sob a audiência de meus ouvidos ávidos: Rádio Moscou, Voz da América, HCJB, RAE, Rádio Aparecida, Radio Habana Cuba, e outras. Aquele mundo era fascinante para mim – um garoto de 13 anos que já se envolvia diretamente nas discussões sobre o boicote americano à Cuba, a desintegração da União Soviética e outros assuntos. Estava germinando uma outra paixão em minha vida que acabou se tornando minha formação acadêmica, ao longo dos anos: Relações Internacionais.
À esta época eu já possuía um rádio – muito modesto é verdade – mas meu, e com ele eu podia fazer minhas experiências com antenas: se tratava de um receptor Cougar, com gravador de fitas cassete. Comecei a escrever para as emissoras, das quais recebia materiais. Lembro-me com especial afeição da Rádio Moscou que me presenteou com um pequeno manual ensinando a construção de antenas de L invertido. A partir daí, comecei a ouvir emissoras que me eram bem interessantes, como a RAI, a Rádio Marti, a Voz da OEA (alguém se recorda desta emissora?) e tantas outras. Eram duas paixões que se alimentavam mutuamente: o interesse pelo ambiente internacional e pelo rádio em si.
Ouvi muito rádio, eventualmente coletando alguns QSLs, até meados de 1997, quando cessei com esta atividade. E fiquei um bom tempo parado.
Em 2004, entrei para a Faculdade de Relações Internacionais da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – onde comecei a dar os primeiros passos para um velho sonho, o qual ainda persigo: tornar-me diplomata. Em meio aos meus estudos, logo percebi como os conhecimentos que adquiri com os programas/materiais das emissoras, anos antes, me davam um suporte muito interessante e deveras valioso. Não hesitei. Em inícios de 2005, adquiri um receptor, também modesto, mas já bem melhor do que todos os meus antecessores: um Lenoxx Sound, analógico.
Claro que o trabalho e os estudos universitários consumiam grande parcela de meu tempo, mas a partir de 2005, comecei a procurar por emissoras menos convencionais, como a Radio Tashkent, do Uzbequistão, da qual, inclusive, obtive QSL, e outras. Além disso, sempre atentava muito aos comentários políticos da Voz da Rússia, da Voz da república Islâmica do Irã e de outras emissoras internacionais. Nessa época, creio que eu me classificasse como uma mescla de Dxista e radioescuta. Em 2008, ao me bacharelar em Relações Internacionais, finalmente meu orçamento me permitiu adquirir um rádio que realmente desse fôlego ao meu apetite por DX. Era o meu Sony ICF sw7600 GR, ao qual cedo acoplei uma antena Loop Blindada, obtendo resultados muito interessantes. Que maravilha, agora estava eu podendo de fato perseguir uma Rádio Eco da Bolívia, a Yura às vezes, por que não umas peruanas? Eram emissoras que, não raramente, eu ouvia reportadas no programa “Atualidade DX”, da RAE, mas que sabia que com os equipamentos que possuía antes, não conseguiria captar. Esse upgrade animou-me muito, e então passei a participar da lista radioescutas@, onde conheci grandes amigos e profundos conhecedores das técnicas do Dxismo, como o Ivan Dias, o Sarmento Campos, o Adalberto Marques, o Rudolf Grimm, entre outros.
Atualmente, aos 32 anos, impulsionado pela avalanche de fechamento de emissoras de radiodifusão, tenho me interessado pela escuta de radioamadores, filão que tem se mostrado muito profícuo, e que ainda pretendo explorar bastante. Contudo, a escuta de radiodifusão jamais é deixada de lado, tanto por ser uma fonte fidedigna de obtenção de informações acerca de questões internacionais contemporâneas, quanto por ser uma prática prazerosa em si mesma. Espero poder contribuir ainda por muito tempo com o Dxismo e a radioescuta – e assim retribuir ao hobby ao menos uma fração dos bens intangíveis que ele me proporcionou.

Fabrício Andrade Silva
11.09.2010

QSL recebido - 13.09.10

Mais um QSL recebido: ZW7R, João Pessoa PB.
Outros QSLs recebidos por PY2-81502 (SWL), encontram-se neste blog em: "SWL/RADIOAMADORISMO - QSLs recebidos, PY2-81502". Se preferir, o acesso pode ser direto no blog de QSLs de PY2-81502: http://radioways.blog.uol.com.br/


ZW7R, DX-Pedition Restinga Island, João Pessoa PB, BRAZIL, 28 MHz SSB

11/09/2010

PERFIL: Wilson Rodrigues, Itaúna MG

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, com suas próprias palavras. A gratidão a estes que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
Este material foi enviado com exclusividade para a RadioWays. Qualquer reprodução parcial ou total do mesmo deverá seguir orientação prévia do titular deste site e/ou do autor da referida matéria.

WILSON RODRIGUES
Radioescuta (DXista), Conselheiro do DX Clube do Brasil
 
Cartão QSL utilizado por ZZ4-0012 Wilson Rodrigues como SWL

"Nasci em uma época em que grande parte da minha cidade não tinha energia elétrica, 1950! E assim que o sol se punha no horizonte, já íamos para a cama muito cedo, como dizem aqui em Minas Gerais, deitávamos com as galinhas! Assim que a energia elétrica chegou, meu pai que era marceneiro, e quando eu já estudava por correspondência a ciência da radiotécnica, necessitava apenas de energia elétrica para aquecer seu ferro de solda de 60watts para construir um receptor de rádio, porque já tinha um Kit do mesmo numa caixa vindo de São Paulo!
Assim que o receptor ficou pronto, o rádio passou a ser o que a TV é hoje para a maioria das famílias pobre do Brasil. Puro entretenimento! Tenho lembranças mais precisas do ano de 1957 então com 7 anos, e já me encantava com as novelas, e rádio-teatro que faziam a felicidade daqueles que nem sempre tinham dinheiro para pagar a entrada no cinema!
Às 19horas de Brasília, quando iniciava em todas as emissoras o programa "A Voz do Brasil", me lembro que meu pai, iniciava sua busca por emissoras diferentes, de outros países! Imagino que todas as regiões que estavam em completa escuridão como o Brasil, poderiam eventualmente serem ouvidos aqui em Minas. Muitas emissoras da Argentina chegavam com bom sinal em Ondas Médias, pois o nosso receptor só tinha esta banda.
Mais à noite lembro-me bem das emissoras que tocavam músicas clássicas, jazz, polcas dentre outras, todas emissoras da Europa segundo meu pai comentou muitos anos depois.
Aos 10 anos, já tinha o vírus do "Radiococus Frequency" no sangue, pois já sabia ligar e procurar as emissoras que mais me agradavam! Nossa antena era um grande fio esticado no grande quintal, e nos dias de chuvas e muitos relâmpagos, a antena era desligada, mas a curiosidade em escutar as novelas fazia eu ligar o receptor e ficar com a mão segurando o cabinho que saia atrás do rádio para ir a antena, e como o corpo humano funciona como uma antena, eu conseguia ouvir o programa predileto apesar dos choques constantes principalmente quando esquecia e colocava os pés no chão e tomava um baita choque pois, o rádio era daqueles chamados, “rabo quente” uma vez que os mesmos não tinham um transformador que isolava a entrada de 110 V da rede! A tensão da rede ia direto em um resistor abaixador e posteriormente ao circuito de alimentação! Ou seja, se você pegasse no cabo de entrada da antena do rádio com os pés no chão, tomava um choque muito forte!
Tal façanha sempre era descoberta pois invariavelmente eu dava algum grito ou quase jogava o rádio no chão o que provocava a ira do meu pai que tinha alertado anteriormente para não ligar o rádio quando estivesse com mau tempo! Mas a curiosidade era tanta em saber o que ocorria na novela que eu sempre ignorava o alerta!
Não temos como comparar o rádio daquela época dos anos 60,70 e 80, pois o dial era muito cheio de emissoras diferentes não tinha as redes, e nem se ouvia tantas emissoras religiosas!
Outro fator importante a favor do rádio era a ausência completa de ruído elétrico tão comum hoje em dia. As faixas eram silenciosas, pois não tínhamos as famigeradas lâmpadas eletrônicas, nem os equipamentos modernos geradores de ruídos que apagam qualquer sinal de rádio, alguns inclusive na banda de FM que também já é atingida por ruídos de máquinas operatrizes!
Já na década de 70 me interessei em montar meu primeiro rádio moderno com transistores. Numa montagem meio apressada, um receptor que era para funcionar de 6000KHz até 9000KHz só funcionou de 6900KHz até 7320KHz e o que escutei neste segmento foram só os radioamadores que eu conhecia apenas em revista e escutava ocasionalmente! Mas como o meu receptor só escutava a banda de radioamador, eu passei a me interessar por esta banda, principalmente as estações de AM que abundavam a faixa! Com o tempo passei a usar outro receptor para dar batimentos nas estações que operavam em SSB e em telegrafia (CW) e compartilhava meu tempo escutando os radioamadores e as emissoras de radiodifusão em outro receptor!
Já em 1976 passei a ter interesse em também transmitir sinais de rádio, e ingressei no radioamadorismo e consegui meu primeiro indicativo de chamada, PY4XGH, meu primeiro transmissor foi uma montagem caseira que quando ligado dava uma enorme interferência na TV da minha casa (possivelmente nos vizinhos também) mas sanado este problema comecei a me comunicar principalmte em telegrafia. Depois me interessei mais pela radioescuta de radioamadores e consegui no antigo DENTEL uma licença com o indicativo ZZ4-0012, e assim passei a enviar cartões QSL para todas as estações de amadores ouvidas. Mensalmente chegavam para mim centenas de QSL dos mais diferentes países. O meu caso foi inverso da maioria dos amadores – de radioamador passei a radioescuta.
Em 1992 conheci o DX Clube Paulista (atual DXCB) e filiando-me ao mesmo participei de uma reunião do clube na casa do coordenador do mesmo, Carlos Felipe da Silva, na cidade de São Bernardo do Campo – SP onde em contato com dexistas experientes passei a ter uma noção diferente do hobby, uma vez que isolado no interior de Minas Gerais, sem ser filiado a nenhum clube dexista, ou receber revistas ligadas ao hobby, desconhecia muitos parâmetros que facilitam e ajudam a evoluir na nossa atividade de escutar rádio, mas com outro olhar! Daí vieram os novos contatos com outros dexistas, participação em DX-pedições em outras localidades e a beira mar!
Em 1997 consegui a tão sonhada casa no campo, e pude espichar as minhas antenas de fio comprido e muitas outras que nos dão o belo sinal de emissoras distantes. Nosso QTH rural passou por um bom tempo a ser a “Meca dos Dexistas” nome dado pelo nosso amigo dexista, Francisco Turelli, da cidade de Angatuba – SP, pois para lá se dirigiram inúmeros dexistas de diversas regiões, para as suas tradicionais DX-Camp já conhecidas dos dexistas e radioescutas mais antigos!
Hoje com um pouco mais de 60 anos de idade, ainda continuo ativo nas escutas de emissoras de radiodifusão, radioamadores e enfim qualquer sinal diferente no dial. O rádio no momento passou a ser mais um instrumento para fazer amigos, seja no radioamadorismo ou na radioescuta através do DX Clube do Brasil que serve de intermediador, ou como elo de ligação com outros amantes do rádio.
Como todo radieoscuta e dexista que se presa tenho um posto de escuta onde não faltam cartões QSLs, inúmeros rádios modernos e valvulados, e muitas, mas muitas quinquilharias eletrônicas ligadas ao rádio. E sempre tive as portas do meu QTH principal e rural, abertas aos amigos de rádio, razão maior do meu hobby!
Wilson Rodrigues
09.09.2010"

PERFIL: Ulysses Galletti - Itatiba SP

Segmento voltado a radioescutas, DXistas e radioamadores que relatam sua trajetória no rádio, eles mesmos, com suas próprias palavras. A gratidão a estes que gentilmente compartilham sua vida na radio-comunicação, estimulando a tantos outros que seguem o mesmo caminho.
Este material foi enviado com exclusividade para a RadioWays. Qualquer reprodução parcial ou total do mesmo deverá seguir orientação prévia do titular deste site e/ou do autor da referida matéria.

ULYSSES GALLETTI, PY2UAJ
Radioamador e Radioescuta (DXista)

Ulysses Galletti, PY2UAJ

"Meu nome é Ulysses Albuquerque Galletti. O Albuquerque por parte de mãe. Meu avô nasceu em Pernambuco, descendente de portugueses. O Galletti por parte de pai. Meu pai é filho de imigrantes italianos que vieram para o Brasil no inicio do século. Nasci em São Paulo Capital, em 1940.
Desde criança eu me interessei por rádios. Aos 7 anos de idade acompanhava meu pai, radioamador, PY2 BBH, na montagem dos transceptores que utilizava. Lembro muito bem das válvulas 807, da compra de equipamentos que foram vendidos como “sobra de guerra“ pelo exército americano após o termino da segunda guerra mundial . Também me lembro dos seus QSOs que meu pai mantinha com radioamadores brasleiros e estrangeiros, e da rotina dos radioamadores nas décadas de 40 e 50 , isto é , do atendimento a diversos pedidos de remédios, de informações que transmitiam sobrepessoas doentes , falecimentos, etc.
Quando podia, utilizava os receptores do meu pai, como Hallicraft e Hammarlund, ambos da década de 40. Sintonizava diversas emissoras internacionais, a Radio Nacional do Rio de Janeiro, e contatos de radioamadores.
Durante muitos anos sempre tive um receptor que cobria as bandas de ondas curtas. Ouvia regularmente programas transmitidos em português pela rádios A Voz da América, BBC de Londres e outras.
Meus cursos universitários de Ciências Contábeis e Administração de Empresas foram noturnos e quando ia para a faculdade, ouvia emissoras de ondas curtas com o rádio que tinha no meu carro . Naquela época costumava ouvir as seguintes emissoras: Voz da América, Holanda, BBC, Alemanha, Canadá, Moscou, Japão, etc.
Nos últimos anos da década de 70 comecei a me interessar por equipamentos de recepção mais sofisticados , com mais recursos. Procurava comprá–los lendo anúncios nos jornais, no caderno de classificados.
O primeiro receptor mais diferenciado que adquiri foi um Sony CRF 5080. Tempos depois troquei aquele receptor, analógico, pelo meu primeiro com frequencímetro digital, o Panassonic RF 3100.
Como sempre morei em apartamento em São Paulo e não podia colocar antenas em cima do prédio , desenvolvi vários modelos de antenas, que colocava na janela do quarto, em volta dos pés da cama, no vidro da janela, bobinadas, encurtadas, usadas em caminhão. Fiz diversas antenas cortadas especificamente para a freqüência a ser escutada.
Enrolei bobinas com núcleos de ferrite. Conectava a antena no receptor enquanto enrolava o fio da bobina e movimentava o ferrite, para que fossem mais precisas para o tamanho da antena ,e freqüência que desejava escutar.
Com o tempo me interessei em conhecer receptores de boas marcas. Como eram caros e não podia comprar todos, vendia um para comprar outro. Fiz muitas compras nas chamadas “vendas de famílias estrangeiras que deixavam o pais“. Fiquei conhecido nas empresas que organizavam aquelas vendas , e assim , sempre era informado quando surgiam rádios receptores para vender . Pesquisei muito sobre receptores em livros especializados e revistas. Cada vez que me interessava por algum novo receptor constatava que os seus preços eram bem elevados.
O meu objetivo era ter o receptor JRC NRD 525. Foi difícil mas consegui atingir este objetivo há alguns anos, quando minha filha residia nos Estados Unidos . Fui visitá-la algumas vezes e na ultima comprei o JRC.
No inicio da década de 80 conheci o primeiro amigo dexista, Sergio Doria Portamian, logo depois tive a felicidade de conhecer o Professor Robert Veltmeijer, pude visitá-lo com certa regularidade, e assim, adquirir conhecimentos sobre o hobby da radioescuta e dexismo. Também pude fazer outros amigos do DX Clube Paulista , do Globo DX, etc.
Sempre gostei de participar de competições, e por este motivo não deixei de participar do primeiro concurso de escutas das bandas tropicais da América do Sul, promovido pelo DX Clube Paulista. Isto ocorreu em 1984. Eu me programei e fui a luta e fui muito incentivado pelos participantes, e com a grande quantidade de logs que enviei fui classificado em primeiro lugar. Guardo com muito orgulho o diploma que recebi. Participei do segundo concurso das bandas tropicais, em 1993. Neste fiquei em segundo lugar.
Quando surgiu em 2004 o primeiro concurso de ondas médias, idealizado e comandado por Adalberto Marques de Azevedo, me preparei novamente. Usei antena DZ e radio Sony ICF 6800W. Este conjunto funciona muito bem. Procurei sintonizar freqüência por freqüência as emissoras e, preferencialmente, até conseguir a identificação de cada uma. Consegui o primeiro lugar.
Participei também em 2004 do concurso 'A Volta ao Mundo das Ondas Tropicais', também muito bem idealizado e comandado por Adalberto Marques de Azevedo, fiquei com o terceira colocação.
Há aproximadamente 18 anos construí em Itatiba – SP uma casa de campo com paredes de madeira maciça de 4,5cm de espessura. A madeira maçaranduba, não prejudica a pratica de escutas de radio.
Minha casa de finais de semana está em um local alto de um condomínio na zona rural de Itatiba. Como o terreno é de bom tamanho pude instalar diversas antenas: longwire, multibandas, verticais. As antenas que melhores resultados me deram foram, uma Delta Loop em posição horizontal, desativada no momento, e a T2FD para Banda Tropical projetada pelo experiente dexista Adalberto Marques de Azevedo que utilizo regularmente. É em Itatiba que, nos fins de semana, faço as minhas escutas e a maiorparte das gravações dos programas DX.
Atualmente, além do receptor, utilizo: antena tuner, amplificador de RF, filtro de passa baixas passa altas, gravador, filtro DSP, fone de ouvido. Minhas escutas são bem complexas. Até sintonizar uma emissora perfeitamente tenho que mexer em uns 15 botões. Entendo que o melhor no hobby de radioescuta é tornar bem audível um sinal fraco, distante de pouca potência e, em principio, inintiligível.
O que mais gosto de sintonizar são emissoras da banda tropical, por serem emissões que revelam a vida local onde ficam as rádios, diferentemente das emissoras que transmitem para o exterior. Estas sintonizo para escutar o noticiário internacional e comparar a mesma noticia dada por diversos países embora isto fosse mais evidente na época da “guerra fria“. Desde a década de 80 escuto programas dedicados aos radioescutas e dexistas. O programa internacional que mais me agradou , que gravava todas as 3as feiras, foi o Editor DX da Radio Suécia . Escutava também o da RadioNederland. Escuto também, sempre que possível , todos os programas dedicados a radioescutas de rádios brasileiras.
Tenho um prazer muito grande de compartilhar as minhas experiências. Fico feliz em poder ajudar e facilitar o caminho de outros radioescutas.
Para realizar minhas escutas, dependendo das circurtancias, disponho atualmente dos seguintes equipamentos, adquiridos ao longo de mais de 30 anos: Receptores portáteis OM/FM: CCRADIO PLUS e General Eletric Modelo NO. 7-2880-B. Receptores portáteis SW: ZENITH B 600, BARLOW WADLEY XCR 30 MARK 2, DEGEN Modelo: DE 1103 e DE 1121, EMERSON MBR-1, SONY Modelos: ICF 6800W, CF 950S e ICF-F12S. Receptores de mesa SW: JRC NRD 525 e Rohde& Schwarz EK 47.Receptores scanners VHF/UHF: YAESU Modelo: FRG 9600 e Realistic PRO-34. Transceptores HF: KENWOOD Modelos: TS 440, TS 570D. Transceptor VHF: YAESU Modelos: FT 480R e ICON Modelo: IC 28H. SDR ( rádio definido por software ): RF Space modelo SDR-IQ.Wirless Internet Radio: GRACE DIGITAL AUDIO GDI-IR2000. Filtros de áudio: AUTEC RESEARCH Modelo QF-1, JPS Modelo NR 60, SUPERSCAF, SoundEnhancerActive Speaker: Grove SP-200 e Kenwood SP-940. Gravadores: MARRANTZ Modelo PMD 201, SONY Modelo: MZ R 37. Conversor VHF/HF: DATONG Modelo: PC-1. Pré Amplificador de RF: AMECO MOD. PT-3. Acopladores de antena: MFJ Modelo 956, MFJ Versa Tuner V Modelo MFJ-989C, Sintonizador Indutivo de Antena do Dema e Diversos de construção artezanal. Noisecanseler: MFJ Modelo: 1026. Fone: KENWOOD Modelo: HS 5. Atenas portateis para OM: DZ 45 e RGP3. Antenas portateis para OC: AOR LA 350 e Loop Articulada do Dema. Decodificador de CW, RTTY, ASCII e BAUDOT: Telereader Mod. CWR-6700 com Monitor Multltoc M-5. Outros: Transferidor de OM do Dema, Amplificador de RF-OM do Dema.
Nos últimos anos, por incentivo dos amigos Célio Romais e Carlos Felipe, tenho contribuído com a apresentação de programas DX nos quais o DX Clube do Brasil participa. Colaboro também com o PODCAST QTC BRASILEIRO e com a Radio Legal com a apresentação de programas destinados aos radioescutas e dexitas via internet.
Recentemente fui convidado pelo Presidente da LABRE-SP, Aramir Lourenço, para colaborar com o Departameno de SWL da entidade, onde estamos procurando divulgar o nosso hobby e compartilhar nossos conhecimenos, inclusive com a parceria do DXCB.
Espero de alguma forma estar dando uma pequena contribuição para a radioescuta e do dexismo.
Ulysses Galletti
08/09/2010"

QSLs recebidos - 11.09.10

Mais alguns QSLs recebidos.
Outros QSLs recebidos por PY2-81502 (SWL), encontram-se neste blog em: "SWL/RADIOAMADORISMO - QSLs recebidos, PY2-81502". Se preferir, o acesso pode ser direto no blog de QSLs de PY2-81502: http://radioways.blog.uol.com.br/


DL6OCF, Thomas, Goettingen, GERMANY, 14 MHz SSB


DK0GW, Jugendgruppe H-53, Goettingen, GERMANY, 14 MHz SSB


PY2ASS, Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar SP, São Paulo SP, 7 MHz CW (CVA)


PY3OPP, Roberto, Esteio RS, BRAZIL, 7 MHz CW (QRS-10)


IZ0DIB, Bruno, Rome, ITALY, 20 MHz SSB (e-QSL)

Cartão-resposta preparado (PPC)

Um assunto que não chega a causar polêmica, mas que atende às expectativas de quem ouve uma emissora em ondas médias, ou uma clandestina do exterior, e deseja receber a confirmação da mesma. Aplica-se a emissoras que ao receberem o seu informe de recepção simplesmente não irão reagir. Trata-se do cartão-resposta preparado (PPC). Adotado por uns, discutido por outros, o PPC é internacionalmente adotado. É uma realidade. Existem sites na Internet que apresentam imagens de PPCs aplicados por DXistas conhecidos e que identificam a sua finalidade.
Um exemplo de um PPC é o que mostramos a seguir e que foi trazido da Internet. Foi enviado à WADR (West Africa Democracy Radio) e confirmado pela emissora desta forma, mostrando que a mesma fora sintonizada por quem enviou o PPC. Evidentemente, quando o PPC foi enviado, seguiu junto um informe de recepção com os detalhes. Certas emissoras, de outra forma, dificilmente confirmariam as informações recebidas.


Para os que não abrem mão do tradicional QSL, este recurso pode ser um choque. Mas, aplicando-se este 'último recurso', ao menos recebe-se uma evidencia de que a informação enviada passou por mãos de um engenheiro da emissora ou de um diretor da mesma, e que mesmo sendo de natureza simples, foi entendido tratar-se de uma ação séria e crível. Os europeus são fortes neste assunto e mostram resultados interessantes.
Tenho enviado PPCs no decorrer do tempo para emissoras brasileiras que conhecidamente tem em seu histórico não enviarem confirmações a informes de recepção recebidos. Ou quando já foram reportadas ainteriormente (em alguns casos insistidas), e não houve reação.
O PPC que uso é elaborado sob o nome de 'Confirmação de Sintonia' (um linguajar fácil de ser entendido por quem o recebe; diferente, se fosse intitulado como 'Cartão-Resposta', 'QSL', 'Verificação', etc..., ou ainda se no cartão-resposta estiver estampado um mapa do Brasil ou emblemas de associações que desconhecem, não seriam respondidos por poder supor-se ser um elemento de controle de suas atividades, fiscalização... enfim!).
É enviado já preenchido com os dados da escuta, dando oportunidade ao diretor da emissora de concordar com o conteúdo dos mesmos, assinando-o e aplicando um carimbo da emissora, para em seguida devolvê-lo. O cartão deve conter as informações mínimas e suficientes sobre a escuta, e nada mais. Caso contrário, se desejarmos fazer algo mais completo, pode ocorrer o efeito contrário. Não receberemos a resposta que desejamos.
Nesta semana recebi um PPC que enviei há mais de um ano à Radio Imaculada Conceição, 1430 kHz, São Roque, sintonizada em São Bernardo SP, e ontem este me foi devolvido com assinatura e carimbo da emissora(evidencias mínimas para ser considerada uma confirmação). Já havia tentado obter resposta desta emissora anteriormente nas formas tradicionais sem sucesso, porém o recurso do PPC mostrou surtir efeito.
Para emissoras sobre as quais não se tem informações de confirmarem informes de recepção, o PPC existe como alternativa (os holandeses, finlandeses e alemães que o digam!). Nada muda em relação aos que preferem insistir com a emissora objetivando receber uma confirmação em papel timbrado, ou mesmo um cartão QSL (são pouquissimas no Brasil que adotam cartão QSL. O cartão QSL já foi mais aplicado há duas décadas atrás). A alternativa do PPC não substitui ao que tradicionalmetne se pratica.

Atividade DX nº 284 - Agosto 2010

ATIVIDADE DX - Edição 284, Agosto 2010

Colunas / Artigos desta edição:
* Utilitárias, Alexis Maldonado - Sorocaba SP
* Loggings, Flavio Archangelo - Jundiai SP
* Matutando, Wilson Rodrigues - Itauna MG
* Coluna QSL, Itamar Nunes de Assis - Cuiabá MT
* Ondas Médias, Marcio Martins Pontes - Registro SP
* Notícias da LABRE SP
* Estéreo DX, Marcelo Xavier Vieira - Itambé PR
* A arte de identificar uma emissora de FM, Marcelo Xavier Vieira - Itambé PR
* Ondas Curtas: Labirinto e Torre de Babel, Sergio D. Partamian - São Paulo SP
* Panorama DX, Célio Romais - Porto Alegre RS
* Radio Magazine: Rx TECSUN Green 168, Rudolf Grimm - São Bernardo SP
... e muito mais!

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07/09/2010

QSLs recebidos - 07.09.10

Mais alguns e-QSLs recebidos.
Outros QSLs recebidos por PY2-81502 (SWL), encontram-se neste blog em: "SWL/RADIOAMADORISMO - QSLs recebidos, PY2-81502". Se preferir, o acesso pode ser direto no blog de QSLs: http://radioways.blog.uol.com.br/


EA5HEU, Ildefonso, Benicarlo, SPAIN, 14 MHz (e-QSL)


IZ5NRF, Francesco, Prato, ITALY, 14 MHz (e-QSL)

Radio França Internacional


A Radio França Internacional transmite diariamente em português para a África com base no seguinte schedule (horários UTC):
Português para a África:
0600-0700: 11830 kHz (sinais oriundos de Meyerton, África do Sul)
1700-1800: 15530 kHz
(Fonte: BCL News)

Radio Bulgaria


A Radio Bulgaria transmite diariamente em espanhol com base no seguinte schedule (horários UTC):

Espanhol (e-mail: spanish@bnr.bg)
0100-0200: 6200, 7400 kHz (para a América do Sul)
0600-0630: 15200 kHz (para o sul da Europa)
1630-1700: 11800, 13800 kHz (para o sul da Europa)
2130-2230: 6200, 9800 kHz (para o sul da Europa)
2300-2400: 6200, 7400 kHz (para a América do Sul)
(Fonte: BCL News)

A Rádio Bulgária confirma com cartão QSL aos informes de recepção que podem ser enviados pelo endereço eletronico acima mencionado.

Deutsche Welle

Schedule da Radio Deutsche Welle em portugues para a África (horários UTC):

Português para a África:
0530-0559: 17800 kHz
0530-0600: 9700, 21780 kHz
1930-1958: 17865 kHz
1930-1959: 11795 kHz
1930-2000: 6150 kHz
(Fonte: BCL News)

A Radio Deutsche Welle confirma informes de recepção com cartão QSL.

Voice of America

Schedule da Voice of America em portugues e espanhol (horários UTC):

Português para a África
1000-1030: 17740, 21590 kHz (Sábados e domingos)
1700-1800: 1530, 9800, 12080, 15740 kHz
1800-1830: 1530, 9800, 12080, 15740 kHz (Segundas às sextas)

Espanhol
0000-0100: 5890, 9885, 11625 kHz (Terças ao sábado)
1130-1200: 9885, 13715, 15590 kHz (Segundas às sextas)
1200-1300: 9885, 13715, 15590 kHz
2300-0000: 5890, 9885, 11625 kHz
(Fonte: BCL News)

Obs.: A Voice of America confirma informes de recepção com cartões QSL.

Radio Canada Internacional

Schedule da Radio Canada Internacional em portugues e espanhol (horários UTC), sinais emitidos em Sackville, Canada:

Português (Sextas, sábados e domingos)
2100-2200: 15455 kHz
2100-2300: 17860 kHz
2300-2330: 13710 kHz
Espanhol
0000-0100: 13725 kHz
0100-0200: 11990 kHz
0205-0305: 6100 kHz
1205-1305: 7325 kHz
2200-2400: 15455 kHz
2205-2305: 6100 kHz
(Fonte: BCL News)

Obs.: A Radio Canada confirma informes de recepção com cartões QSL.